terça-feira, 6 de abril de 2010

Santos puríssimos

...como a grana que todo mundo tem
Eu ando por aí nos bolsos; todo dia.

Dedico poemas debalde
Imprimo lombras adocicadas
Permito sedes em janelas
Leio poemas de insensatos
Cuspo sopas de letrinhas
Como nos pratos que como

Se eu não tivesse um delator à tiracolo não teríamos pietá
Roda gigante e girassóis protagonizam labirintite em sol

Quem irá se importar comigo?
Para nada serve o mundo que eu sei
mas, por que essa hora, essa aurora, essa porra!

todo dia, meu irmão!

Na multidão que eu atravesso que me atravessa através de si
Só vejo cadáveres, cada vez de ré, em revés de escada
nem compensam os meus trocadilhos, que dirá cacofonias!

Todo o santo dia, meu irmão!

Esse conhaque comovido que como me deixa o diabo...
Um teatro, se-não me engano, entradas francas
Ou todos Santos puríssimos sem mácula nem esmolas.

Todo o puto dia, meu santo irmão!

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