sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Poema de Jamesson Buarque

Poema ascético que Jamesson Buarque escreveu mas é meu - como nunca mais serei
Os incorrigíveis devem visitar http://www.jamessonbuarque.blogspot.com/, como todo crente deve ir à meca!:

Com o pó das dores de meu povo
nas dores de meus pelos
pelo calendário que meu
É a história da gente toda
Das cidades das roças e das matas
Eu outonia alguns amores
Ou esta ausência de unhas
E um peso de ser solidão
Depois das covas dos cemitérios
Visitados entre os livros
Nestes olhos apenas vidro
morto entre meus dedos
Como fosse possível algum exílio