quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ali a mesma Ismália a esmo

Aí, quando morrer, faço as malas
Sumo nas vozes ocas e olhos úmidos
Olhando tanto esse sol de meu Deus gritando...
De querer partir, de ficar em semente

Aí, morre o sol, à "flor do Chico, meio dia"
O maduro gosto de cores do menino-velho
Olhar o mar remove coisas semimortas
À pé na cova, à cor do ovo em pé

Até que nada mais deve restar do que as malas e o bilhete rosa
Rasgando o amarelo, o carregador de bagagens sela esconderijos
E todos os assentos abraçam as almas dos homens tortos e dos escritos

Em fim de itinerários em cujos cais abordam homens passageiros
Vejo tua morte minha, meu irmão, olho no olho aberto a fechar o sol
que mergulha enjembement nesse último verso metameudesespero

2 comentários:

  1. Queria saber comentar com palavra bonita também, mas já que não o sei, agradeço a visita e ofereço um "Volte Sempre" se lhe vale de mesura gentil; Não creio que eu precise mencionar meu apreço por teus escritos, não creio sequer que precise me estender além disto.

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