sábado, 16 de abril de 2016

ABERTO ÀS ÂNSIAS, POEMA MARTELADO

(na distinta parceria com Apolo Junior)

pena que não rio

Olha que eu me dou
melancolia-menino
digo, de não rir com suas graças

melancolias, rios pálidos, estrelas apagadas...
não é isso. Enfim o que você está dizendo?
rios pálidos
porém percorrem
plácidos e volúveis...
ainda que pelo esvoaçar da saia
saindo em anéis em que correm lascívias
amar é feito correntes maleáveis
inibem a lágrima
mas se iniciam por ela

inunda minha vida
tua palavra
tua rima
grato

poeta, és sedutor agora
onde estavas
quando a aula sufocou a hora?
quando teus devaneios se fizessem arte
e se foram outrora
impermeáveis

Na perspicácia do sorriso talvez
Como querer toda malícia do simulacro
imaginando cavalgar dragões
perscrutar o inefável em teus braços
querer o hálito de lábios próximos e...
tentar ser feliz

Roubado
como carícias intensas
profundo tato
 imantado
 vai percorrer insanidades de um Dragão
jorrando fogo no teu corpo.