O sonho é coisa de deuses
A vida desfaz-se em presságios.
Quem haveria de criar mundos pra suprir solidões?
Um a um, os heróis praguejam suas musas
Mas todos temos pesadelos de entreter os centauros
Ouve, na manhã, os teatros, só para loucos
Aí te farão profecias de voltar a ter asas
voarás, menino deus, voarás
Vai encontrar teus desejos afora vontades de amor
e teu gozo, fertilizará os homens
seduzirá as estações
De teu fruto sugarão o semen do prazer
E ninguém mais desprezará tua nudez
Mas exibirão teu sexo de procissão em procissão
Quem tirará a virgindade de um coração criador?
Quem ousará profanar teu óvulo de luz?
Só há tempestade quando clamo seu nome
Crescerão flores de cada estupro
Pênis, clitóris, seios e nádegas agranel
Estará instituído o amor, sem fronteiras
Nos mundos que se criarem de tua volúpia.
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