Em sua testa brilha história
Brincadeiras de chapéu
Apelidos obscuros
Personagens de papel
Você de pé descalço tece cavalgadas pelo sol
E não percebe a ribanceira intrínseca ante ardente sim
E destempera madrugada; a cada caos se rompe o pó
E te apetecem fadas falsas, flores, freneticamente em fim
Avançaria
acelerado
Se fosse dia
Abestalhado
Mas há dragões e patrões matutinos
Prendas, amigos, pátria, famílias
Pilhas, boletos, padres, sirenes
Indentidades Joões ou Marias
A tua mão projeta as armas, o pé de guerra é santa voz
Os hinos formarão soldados, extraviado o som do céu
A poesia se ergue
tensa e bela adensa a todo algoz
Até que, surpreendentemente, a letra arrisca em seu papel
E a esperança em paraíso é mais que a fantasia imaginada em
sua tímida tez e intenção de consumir toda a vida no instante exato em que se
harmonizam poemas entricheirados na agonia da paz querendo o ser.